O Projeto Cigarra teve início em meados de 2017, idealizado por Rogério Ishibashi e André Ivo. A princípio, o projeto foi desenvolvido com recursos e iniciativas próprias, demonstrando a paixão e o compromisso dos idealizadores com a inovação e a melhoria do monitoramento ambiental no Brasil. Conforme o projeto evoluía, sua relevância e potencial impacto ganharam notoriedade, atraindo a atenção e o apoio da Direção do Cemaden e de autoridades do Governo Federal.

Essa crescente visibilidade e apoio culminaram, em 2021, com a institucionalização do Projeto Cigarra na carteira de projetos do Cemaden. Desde então, o projeto tem sido uma peça fundamental na estratégia de modernização do sistema de monitoramento ambiental do país.

O Projeto Cigarra foi concebido para enfrentar os desafios significativos que o Cemaden enfrenta na manutenção de uma rede observacional com tecnologias antigas e altos custos operacionais. Monitorando mais de 1000 municípios vulneráveis a desastres naturais, como inundações e deslizamentos, a modernização proposta pelo projeto é crucial para a eficácia contínua da missão do Cemaden.

A atualização de software e hardware, baseada no conceito de código aberto, permite que parceiros estaduais, municipais e privados possam adquirir, coordenar e gerenciar suas próprias redes de monitoramento, integradas à rede nacional do Cemaden. Este projeto visa reduzir significativamente os custos operacionais através de uma arquitetura compacta e robusta, que dispensa a necessidade de manutenção frequente e especializada.

Além disso, o Projeto Cigarra fomenta a inovação e a competitividade, permitindo que novos fabricantes desenvolvam tecnologias compatíveis e que entidades com recursos limitados participem ativamente do monitoramento ambiental. O uso de tecnologias modernas de IoT (Internet das Coisas) facilita a configuração e comunicação remota, tornando o processo mais ágil e eficiente.

Ao promover uma abordagem colaborativa e descentralizada, o Projeto Cigarra amplia a cobertura de monitoramento, protege comunidades vulneráveis e contribui para uma gestão ambiental mais abrangente e eficaz. Este projeto representa um avanço significativo na capacidade de resposta a desastres naturais, fortalecendo a resiliência das comunidades brasileiras e melhorando a qualidade de vida da população.